Com 1 ano, elas ainda não percebem o outro e precisam de um adulto conhecido – mãe, pai ou alguém próximo – para promover uma brincadeira ou mesmo ensinar a usar um brinquedo. Nessa fase, eles costumam estranhar pessoas novas e ainda não demonstra muito interesse em outras crianças.
Isso vai se modificando aos poucos, à medida que se desenvolve a fala e a comunicação. No entanto, aos dois anos, embora elas já se mostrem curiosas em relação a outras crianças, de qualquer idade, ainda têm muita dificuldade em dividir. Por isso, é comum ver pequenos dessa idade brincando lado a lado, mas cada um no seu canto, sem interagir muito.
A partir dos 3 anos, passam a buscar mais abertamente parcerias para brincar, a interação se torna mais efetiva e as demonstrações de afeto e preferências também.
ESTIMULE A TROCA COM OUTRAS CRIANÇAS
De uma maneira geral, é da natureza das crianças gostar de ter pessoas por perto, no entanto, como falamos, a socialização se dá aos poucos. Sendo assim, nada mais natural que ela precise de uma ajudinha para dar os primeiros passos no sentido de fazer amigos, não é mesmo?
- Procure estar por perto para intermediar as incentivar e mediar as trocas, especialmente por volta dos dois anos, fase em que são muito autocentradas.
- Crie oportunidades para que seu filho conviva com outras crianças, tanto da mesma idade quanto de idades diferentes. Leve à pracinha, especialmente se ele não frequenta a creche.
- Leve sempre mais de um brinquedo pra rua. Além de evitar disputas, é um estímulo para que ele compartilhe com outras crianças.
- Leia livros sobre amizade. Crianças sempre aprendem por experiências lúdicas.
RESPEITE A INDIVIDUALIDADE DE CADA UM
Mesmo após os 3 anos, algumas crianças podem se mostrar um pouco tímidas. Respeite a individualidade de cada um, alguns são mais expansivos e comunicativos, e outros mais introspectivos e observadores mesmo.
A timidez é uma característica da personalidade e não uma doença, e em alguns casos, irá perdurar até a vida adulta. Dessa forma ela pode se manifestar em diferentes momentos, algumas crianças tem dificuldade de socialização, outras embora se relacionem bem com os amigos, não gostam de ser o centro das atenções, como nas apresentações da escola ou quando são questionadas em público.
Nesses casos, é fundamental não forçar a criança à exposição e nem à intimidades com desconhecidos, peça apenas que ela cumprimente. Se for o caso, dê o tempo que ela precisa para se sentir confortável em ambientes estranhos. Por exemplo, você pode acompanhá-la no início da brincadeira no play, e quando ela já estiver mais solta, se afastar.
NÃO ROTULE SEU FILHO
Na verdade, a vergonha faz parte da elaboração social de uma criança, tem um pouco a ver com medo e com um fator de proteção, que faz com que ela se proteja e se resguarde de pessoas que ela não conhece, e não confia. Ao rotular o seu filho como tímido você está enquadrando ele em uma caixa, que só fará ele se feche ainda mais.
Quando você diz a alguém “ele é tímido”, como uma desculpa para um determinado comportamento, a criança percebe o seu sentimento e compartilha da sua vergonha, ficando ainda mais introspectiva.
Ou seja, de uma maneira geral, é comum as crianças apresentarem certa timidez na infância, e isso não é motivo para preocupação. Cada uma a seu tempo desenvolve as habilidades sociais e vai aprender a se relacionar com outras crianças, ou mesmo adultos, de acordo com a sua personalidade. Enquanto isso você pode ajudá-la, sem forçar a barra e respeitando a sua individualidade.
Fonte: http://quemaesoueu.com